O Legado do Pantera Negra
16/09/2020

O Legado do Pantera Negra

Já falei algumas vezes aqui que sou apaixonado por cinema. E em agosto deste ano tivemos a terrível perda de Chadwick Boseman (atualmente reconhecido pela atuação como Pantera Negra), ator, diretor e roteirista, que morreu aos 43 anos devido a um câncer de colón.

Sua trajetória profissional é reconhecida por todos do meio e seu falecimento trouxe grande comoção, pois quase ninguém sabia de sua doença.

Isso mesmo, ele fez seus filmes fazendo tratamento em sigilo, lutando contra monstros de ficção no cinema e situações monstruosas da vida real.

Aqui em casa a maioria adora filmes de heróis, menos a Cláudia (minha esposa), que se bem me lembro também adorou o Pantera Negra.

Saímos do cinema extasiados com a forma com que a história foi abordada e com aquela quantidade incrível de atores fantásticos em uma única produção.

Ainda me recordo da quantidade de recordes que o filme quebrou naquela época:

  1. A maior venda antecipada de super-heróis da história
  2. A maior estreia no mês de fevereiro
  3. Maior abertura de um filme solo de super-heróis
  4. Maior bilheteria para um filme solo de super-heróis
  5. Filme mais lucrativo de super-heróis sem Robert Downey Jr.
  6. Recordes semanais
  7. O maior filme de super-heróis nos Estados Unidos
  8. A maior bilheteria de um filme com diretor, roteirista e elenco majoritariamente negro
  9. O filme mais comentado da história do Twitter
  10. O filme de super-heróis mais bem-avaliado pelo Rotten Tomatoes

Alguns desses recordes já foram superados, pois tivemos Guerra Infinita que quebrou muitos também e no qual o Pantera também esteve presente!

Meu objetivo aqui ao lembrar desses eventos é mostrar o quanto esse ator talentoso, carismático e amado por todos que trabalharam com ele afetou a história do cinema.

E, principalmente, da importante representatividade que é ter um super-herói negro.

Voltando um pouco no tempo, quando Chadwick estudava direção na Universidade Howard, nos Estados Unidos, a professora dele queria que fizesse um curso de atuação em Oxford.

Como ele não podia pagar pelo programa de verão no exterior, ela recrutou um amigo para ajudar com as mensalidades.

O ator só descobriu quem tinha arcado com seus custos algum tempo depois. Quem o ajudou foi ninguém menos do que Denzel Washington, um dos melhores atores existentes em minha opinião.

Sua filmografia é incrível, pois interpretou papéis de muita representatividade e de forma excepcional.

Podemos destacar suas atuações em “No Limite, a História de Ernie Davis”. O filme fala sobre Ernie Davis, que mesmo nascido em meio à pobreza consegue passar vários obstáculos até entrar no programa de futebol da universidade de Syracuse.

Guiado pelo treinador Ben Schwartzwalder, ele se torna um dos melhores jogadores de sua escola. Davis é o primeiro jogador afrodescendente a ganhar o troféu Heisman.

Outro filme importantíssimo se chama “Get on Up – A História de James Brown”, baseado na vida do famoso cantor de soul/funk James Brown.

Dias depois de sua morte, sua agente de longa data, Michael Greene, compartilhou memórias do falecido ator.

Nos últimos quatro anos, Boseman lutava contra o câncer enquanto aceitava papéis em mais de meia dúzia de filmes aclamados e que acreditavam em sua recuperação para dar sequência ao filme Pantera Negra, previsto para 2021.

Greene disse ao The Hollywood Reporter que Chadwick Boseman era criterioso sobre os papéis que queria desempenhar e frequentemente recusava oportunidades para os que não atendiam aos padrões do ator.

“Nunca fizemos filmes realmente sombrios ou filmes que fossem apenas pessoas atirando em todo mundo e perpetuando a escuridão”, disse Greene.

“’Oh, aqui está seu próximo roteiro, e sua mãe é viciada em crack e seu pai foi embora’. E ele disse: ‘Eu não estou reproduzindo essas imagens’. Nesse dia ele entrou na sala do roteirista e eles o demitiram.

Lembro que ele recebeu uma oferta de um filme, era sobre dois escravos e ele disse, ‘Eu não quero perpetuar a escravidão’. Era tipo, ‘Não vamos continuar perpetuando os estereótipos’”.

Na minha opinião, tivemos uma grande perda no mundo das artes.  A própria Marvel ainda não sabe se haverá uma forma de dar sequência ao incrível e importante Pantera Negra, pois a referência ao herói que nos deixou será imensa.

Sempre termino meus textos com frases de Star Wars, mas hoje utilizarei uma de Chadwick:

“Compreender a história é uma das muitas maneiras de quebrar o ciclo.”

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